sexta-feira, 15 de maio de 2009




Liberdade em tempo de guerra! Uma guerra fria e escondida, outra aberta e clara. Vivemos em uma guerra constante. Todos em busca da liberdade, mas o que realmente é liberdade? O que significa ser livre?
As idéias de liberdade vêem sendo discutidas há muito tempo, por grandes pensadores que com suas inquietudes conseguiram chegar as mais variadas explicações. No entanto, não me vejo com bagagem filosófica e nem intelectual pra falar de liberdade de maneira conceitual, logo não pretendo dar aqui um argumento capaz de transformar e abalar as estruturas da filosofia clássica e contemporânea, mas sim falar aquilo que pra mim é liberdade.
A liberdade em essência como o termo sugere, nos levaria ao caos total, pois imagine se todos fizessem tudo àquilo que desejar, pelo simples fato de ser livre para fazê-lo. Logo, nós seres humanos precisamos de regras, para termos ordenamento, o chamado sistema normativo. Começando ai, a idéia de liberdade plena já se faz impossível, afinal, se “o fazer tudo” não é possível “o ser livre” também não é.
De fato, falar em liberdade é muito difícil, pois ninguém é realmente livre pelo simples fato de vivermos em sociedade e desta maneira criamos dependências um dos outros. Uma vez que eu dependa do outro a liberdade que antes eu tinha, já não me é completa e não depende mais apenas de minha vontade, mas sim de toda uma realidade que se mostra a mim. Alguém me disse a pouco tempo que a “vida é uma relação de troca!” e a cada minuto eu tenho mais certeza disso, pois minha liberdade esbarra na do outro da mesma forma que a do outro esta em minhas mãos. Ou seja, sou completamente livre se o outro assim me permitir e vice-versa. Como tudo na vida a liberdade não passa de um contrario. Uma idéia dualística que só pode existir com o seu outro. Liberdade e prisão. Tão dependentes quanto nós de quem nos rodeia.
Somos fadados a ser quase livres. A passar a vida buscando uma liberdade que só se faz realmente possível no momento em que abdicamos dela para colocar nas mãos de outro alguém que nos permita a sensação de liberdade. Uma liberdade que aprisiona e que esbarra na idéia de completo, uma vez que só me sinto assim quando outros me completam. Para mim, a liberdade plena é tão inexistente quanto à prisão total. Sou livre quando busco e quando me permitem ser e para isso me aprisiono na necessidade de liberdade.

2 comentários:

  1. Você é o irmão esquecido do Miguel Reale?hahaha
    Muito boa essa sua explicação sobre liberdade, nos moldes do Direito está certinha, não sei se foi essa sua intenção, mas realmente, na Modernidade temos q "dar" nossa "liberdade" em troca da tal da "SEGURANÇA"... Infelizmente o homem não aprendeu, e creio que nunca vai aprender a cuidar de si próprio, já dizia Hobbes...

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